OS PROGRAMAS DE MESTRADO E DOUTORADO EM TEORIA LITERÁRIA DA UNIANDRADE DESEJAM BOAS FÉRIAS A TODOS!
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terça-feira, 15 de julho de 2025
sexta-feira, 11 de julho de 2025
REVISTA SCRIPTA ALUMNI V. 28, N. 1 (2025)
Acesse o dossiê temático de nossa
última edição:
Literatura e Coisas do Gênero.
https://revista.uniandrade.br/index.php/ScriptaAlumni/issue/view/192
COORDENADORA DO
MESTRADO E DOUTORADO DA UNIANDRADE PARTICIPA DA CELEBRAÇÃO DOS 74 ANOS DA CAPES
A professora Verônica Daniel Kobs
marcou presença na cerimônia de comemoração dos 74 anos da CAPES, transmitida
ao vivo, pelo YouTube, no dia 11 de julho.
Durante o evento, as autoridades
convidadas destacaram a relevância das redes de colaboração acadêmica em um
mundo marcado, muitas vezes, pela fragmentação e pela resistência à integração
— o que torna ainda mais fundamental o fortalecimento de vínculos entre
instituições, áreas do conhecimento e regiões do país. Além disso, ressaltou-se
a autoridade intelectual de quem ensina e o papel estratégico dos professores
na formação crítica e qualificada de novas gerações.
Outro ponto que mereceu atenção
foi o risco de evasão nos programas de pós-graduação nos próximos anos,
apontando a necessidade urgente de políticas públicas que valorizem a
permanência e a formação de novos pesquisadores. De modo a consolidar esse
intuito, na sessão comemorativa também foi lançado o novo Plano Nacional de
Pós-Graduação, que, entre inúmeras propostas, valoriza e incentiva a inovação e
o estreitamento dos laços entre a Pós-Graduação e a Educação Básica.
Reafirmando a importância da
articulação entre as principais instituições de fomento à pesquisa científica
no país, o evento contou ainda com a participação do representante do CNPq, que
rememorou os principais desafios e conquistas da Capes, ao longo das décadas.
Durante a transmissão dos pronunciamentos, no chat do YouTube, coordenadores de todo o Brasil parabenizaram a CAPES por seus 74 anos!
Nunca é demais lembrar que essa
longevidade consolida um papel de excelência na regulação e avaliação dos
cursos de pós-graduação, em todo o Brasil. Afinal, mais do que garantir
qualidade à formação acadêmica, a CAPES é essencial para o fomento à pesquisa e
para o avanço do conhecimento científico — especialmente em tempos em que o
pensamento crítico e a inteligência humana se fazem cada vez mais necessários.
terça-feira, 8 de julho de 2025
LANÇAMENTO DO LIVRO SE PODES VER, REPARA: OLHARES SOBRE SARAMAGO
O livro reúne os trabalhos apresentados no I Colóquio da Cátedra
Camões/José Saramago, realizado em 2022, pela UFPR e pelo Centro de Estudos
Portugueses.
Entre eles, está o capítulo “A
caverna, de José Saramago: uma proposta para o novo milênio”, escrito pela
professora Verônica Daniel Kobs, da UNIANDRADE.
O livro, que tem uma linda capa
vermelha, já está disponível, neste site:
https://mercado-de-letras.com.br/produto/se-podes-ver-repara-olhares-sobre-saramago/
REFERÊNCIA:
KOBS, V. D. A caverna, de José Saramago: uma proposta para o novo milênio. In:
SANDMANN, M.; NERY, A.; CARDOSO, P. (Orgs.). “Se podes ver, repara”: olhares
sobre Saramago. Campinas: Mercado de Letras, 2024, p. 341-356.
UNIANDRADE PARTICIPA DO I CONGRESSO INTERNACIONAL DE LETRAS DA UNILAB
No dia 4 de julho de 2025, sob
orientação da professora Verônica Daniel Kobs, docente e coordenadora dos
Programas de Mestrado e Doutorado em Teoria Literária da UNIANDRADE, o
doutorando Thales Vianna Coutinho apresentou três trabalhos nas salas de
comunicação oral:
1) Por que a ficção em hipertexto
é menos lida? Uma hipótese psicológica
2) Os benefícios de ser um zumbi:
O mashup literário como estratégia para o ensino da Literatura
Brasileira
3) “Sou sua fã número um!”: Misery,
de Stephen King, como metacrítica ao efeito do fandom sobre a espontaneidade/criatividade
artística
As produções são resultados das
disciplinas ministradas pela professora Verônica, em 2024 (“Tecnologia e
Literatura Digital” e “Tópicos de Leitura III”) e da aula magna ministrada por
ela, em abril de 2025, no evento promovido pela Biblioteca e pelo Curso de
Psicologia da UNIANDRADE.
quarta-feira, 2 de julho de 2025
NÃO É LIVRO DE RECEITA, MAS É COM MUITO SABOR: AS COZINHEIRAS DE LIVROS, UM MUNDO ENCANTADO PARA CRIANÇAS, ADULTOS E EDUCADORES
Kelly Batista
Créditos da imagem: As cozinheiras de livros, Paulinas. Disponível em: <https://www.paulinas.com.br/produto/cozinheiras-de-livros-as-2363> Acesso em: 24 junho 2025.
E se um dia não houvesse livros novos para lermos? E já tivéssemos explorado todos os nossos livros de trás para frente, de baixo para cima e até de pernas para o ar? Como viveríamos sem novas histórias, aventuras e heróis? Em uma cidade em alvoroço, algo muito estranho está acontecendo: não há livros novos. Seria uma crise literária? Ninguém sabia ao certo a resposta.
Escrito e ilustrado por Margarida Botelho, As
Cozinheiras de Livros traz uma história original e divertida que convida os
leitores a conhecerem a cozinha mágica onde as cozinheiras preparam livros
misturando palavras, imaginação, emoções e criatividade para criar histórias
encantadoras. A obra é uma celebração do poder da literatura para nutrir o
espírito e despertar os sentidos, mostrando que os livros são verdadeiras
receitas de encantamento.
Fazendo um paralelo com o nosso cotidiano pedagógico, muitas vezes somos nós,
educadores, que ensinamos os estudantes a sentir os encantamentos dos livros,
ajudando-os a entrar nesse universo sensorial e imaginativo. A obra é um
convite para que professores e alunos juntos vivenciem o encanto da literatura,
despertando o amor pelos livros desde cedo.
A obra nos relembra que a literatura é uma experiência que une gerações, um mundo instigante para crianças e adultos, onde a imaginação e o conhecimento se misturam e se transformam em histórias inesquecíveis. Convido-os a conhecerem e se deliciarem com esses sabores literários.
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Kelly Batista é Graduada
em Letras, História e Pedagogia. Especialista em Educação Infantil, Educação de
Jovens e Adultos, Meio Ambiente e Docência no Ensino Superior. Atuou como
professora de Português e Inglês na SEED PR, professora tutora e pesquisadora
nos cursos de Letras da Universidade Internacional UNINTER. Atualmente atua
como Alfabetizadora na Secretaria Municipal de Educação de Curitiba.
SEMINÁRIO DE PESQUISA — EDIÇÃO 2025
🗓️ Primeiro Dia: 😍
- Fátima Ortiz.
- Companhia de Teatro Pé no Palco.
- Maria Perla Araújo Morais.
- Camila Marchioro.
- Greicy Pinto Bellin.
🗓️ Segundo Dia: 🥳
- Raquel Illescas Bueno.
- Ana Vitória Imperiano.
- Juliana Nascimento de Almeida.
Créditos da imagem:
- Canva AI Photo & Video Editor.
- https://www.silvanatoazza.com.br/
- VDKobs.
terça-feira, 24 de junho de 2025
PROFESSORA DA UNIANDRADE LANÇA CAPÍTULO SOBRE LITERATURA E TECNOLOGIA DIGITAL
Referências:
KOBS, Verônica D. Textos mínimos, múltiplos e incomuns. In: MATTOS, Cristine F. de; RIBAS, Maria C. C.; DINIZ, Thaïs F. N. (Orgs.). Leituras intermidiáticas e intermidialidades narrativas. Campinas: Pontes Editores, 2024, p. 231-252.
FUI DESAFIADA POR UM LIVRO: MINHA EXPERIÊNCIA COM A MANDÍBULA DE CAIM
Mariana C. Paluch
Desde muito pequena, tive
contato com a literatura. Ainda no maternal, minhas professoras da Educação
Infantil já me apresentavam livros e histórias, e esse hábito foi sendo alimentado
ao longo dos anos com o apoio da minha família. A leitura, para mim, sempre foi
um lugar de prazer, descoberta e imaginação.
Hoje em dia, leio em média 20
livros por ano, a maioria envolvendo suspense e fantasia, que são meus gêneros
preferidos. E foi em uma das minhas buscas por algo novo e desafiador que
descobri A Mandíbula de Caim.
Vi comentários curiosos sobre o livro no booktok
e fiquei intrigada com a proposta. Assim que entendi do que se tratava, não
resisti: precisei conferir por mim mesma.
A Mandíbula de Caim não é um livro comum. Ele propõe um verdadeiro quebra-cabeça literário. As páginas não estão em ordem cronológica, e o leitor precisa descobrir qual é a sequência correta da história. Além disso, há seis assassinatos ao longo da narrativa, e nosso papel é descobrir quem foram as vítimas e quem são os assassinos. Ou seja, você não apenas lê a história — você a investiga e a reconstrói.
Crédito da Imagem: A Mandíbula de Caim, Livrarias Curitiba. Disponível em: <https://www.livrariascuritiba.com.br/a-mandibula-de-caim-lv495692/p>. Acesso em: 10 junho 2025.
A leitura exige atenção,
paciência e uma boa dose de raciocínio lógico. O texto é sofisticado, com
vocabulário rico e muitas figuras de linguagem. Há poucos diálogos, pode-se
dizer que não há nenhum, o que torna a experiência ainda mais intensa, pois cada
frase pode esconder uma pista. Em alguns momentos me senti desafiada como nunca
antes em uma leitura — e adorei isso!
Se você gosta de mistérios,
enigmas, e livros que exigem participação ativa do leitor, recomendo fortemente
A Mandíbula de Caim.
Mais do que uma história, ele é uma experiência que mexe com a mente e aguça a
curiosidade. Estou completamente envolvida com esse enigma literário — e você,
será que consegue resolvê-lo?
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Mariana C. Paluch: é estudante do 3º ano do Ensino Médio
profissionalizante em Administração, no Colégio Estadual Cívico Militar
Professor Julio Mesquita. Escritora de fanfics
de terror e fantasia.
terça-feira, 17 de junho de 2025
ALUNO E PROFESSORA DA UNIANDRADE VÃO MINISTRAR MINICURSO DE PSICOLOGIA NARRATIVA NO XXII CONAELL DA UNEMAT
O doutorando Thales Vianna Coutinho e a professora Verônica Daniel Kobs vão ministrar um minicurso de Psicologia Narrativa na UNEMAT. A atividade será ofertada no período de 23 a 25 de setembro de 2025, no evento promovido pela IES de Sinop. A notícia da aprovação do minicurso foi divulgada nos últimos dias.
Confira abaixo os detalhes do minicurso e faça sua inscrição no evento para poder participar do minicurso de Psicologia Narrativa e de outras atividades que serão ofertadas no Colóquio.
quarta-feira, 11 de junho de 2025
MINHAS
CONSIDERAÇÕES SOBRE A DEFESA DE TESE
Ana Lúcia Corrêa Darú
Crédito da imagem: https://pupil.coractium.com/
O mestrado nos habilita para o
doutorado. É como se nos adaptássemos ao modo de ver e de escrever sobre um
objeto de pesquisa. Nesse processo, aprendemos sobre a escrita acadêmica e as
leituras destinadas a fundamentar nossa travessia de aprendizagem. Já no
doutorado há um maior aprofundamento em relação à pesquisa. Há mais tempo e
espaço para elaborações mais específicas e detalhadas. Nesse trajeto, que dura
quatro anos, há os créditos de disciplina, os seminários, as atividades
docentes, a escrita de artigos e textos. Há livros e mais livros que nos
municiam e vão configurando nosso estudo. A escrita acadêmica já está inserida
em nossa prática e agora somos mais habilitados para muitas incursões escritas.
Vai surgindo a tese. Um texto que construímos, desconstruímos, reconstruímos e
chegamos a algo muito importante: os momentos de nos depararmos com a
experiência e mediação dos orientadores. Mais leituras, mais descobertas até
que chega a qualificação. Um momento de colocarmos nossa escrita à prova. E
saímos da qualificação com mais certezas e grandes sugestões. Mais um tempo com
a tese. Novas elaborações. E chega o dia da defesa da tese: algo que aguardamos
por quatro longos anos. Algo que nos desafia sobremaneira. A defesa deve conter
uma apresentação, um roteiro em que passamos à banca um resumo de nossa
pesquisa, o encaminhamento e as considerações finais às que chegamos. A defesa
é ao mesmo tempo uma demonstração do nosso objeto de pesquisa e de nossas, ‘tão
nossas’, elaborações, descobertas, conclusões. É um exercício de se lapidar as
frases para que elas contenham o máximo, no menor tempo. Temos meia-hora para
mostrar o que pesquisamos em anos. Ao término de nossa apresentação, a banca se
desdobra para nos fazer considerações, perguntas, elogios, sugestões ou novos
encaminhamentos. Cada professor da banca tem meia-hora. Nesse tempo, há algo
que nos fascina: somos os maiores conhecedores da nossa pesquisa, estamos
prontos para as perguntas, estamos prontos para defender nosso ponto de vista,
nossas descobertas. Ao final, há uma espécie de realização interna, uma satisfação,
uma gratificação pessoal. Nós choramos, não porque estamos ali, mas porque
chegamos até ali. Não desistimos no meio do caminho. Conseguimos vencer nossas
limitações e vivenciar esse dia, essa emoção. O sentimento de dever cumprido,
de orgulho pela perseverança. Uma satisfação ímpar. Novas etapas, estudos e
aprendizagens virão, mas a defesa da tese é sempre o nosso momento de aplauso
interno. De realização pessoal muito gratificante.
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Ana Lúcia Corrêa Darú é Mestre e Doutora em Teoria Literária pela UNIANDRADE. Sob orientação do professor Marcelo Alcaraz, ela defendeu sua tese em fevereiro de 2025.
terça-feira, 3 de junho de 2025
CURIOSIDADES DA PLATAFORMA SUCUPIRA
Fonte da imagem: https://pt.dreamstime.com/
Ano após ano, nossos Programas de Mestrado e Doutorado dão sinais claros de crescimento e o objetivo desta postagem é registrar essa evolução:
- Em 2022, o relatório anual totalizou 626 páginas e registrou 412 produções intelectuais. Em 2023, foram 898 páginas e 433 produções. Em 2024, os números subiram, e muito: 1.102 páginas e 581 produções!
- Ao fim de cada quadriênio, é preciso atualizar a “Proposta”, um relatório que atualmente conta com 12 itens e vários subitens. Em 2020, essa parte totalizou 199 páginas. Porém, em 2024, alcançamos impressionantes 294 páginas!
- Outra marca significativa é esta: no item “Participantes externos”, saímos do número 31, em 2023, para 59, em 2024.
- No que se refere às redes sociais dos Programas, em 2023 o blog não teve nenhuma publicação. Felizmente, em 2024, depois que assumi a coordenação e reativei o blog, alcançamos a marca de 39 postagens ao longo do ano.
- No Instagram não foi diferente! Em fevereiro de 2024, essa página reunia apenas 21 publicações, relacionadas os anos de 2022 e 2023, e contava com 60 e poucos seguidores. Fechamos o ano de 2024 com boas novidades: 75 novas postagens e um total de 130 seguidores. Esse número, aliás, está em franca ascensão. Em abril de 2025, já são 161 pessoas seguindo nossa página.
- Em abril, todos os coordenadores tiveram que trabalhar na indicação dos Destaques do quadriênio. Pois bem... Nesse quesito, nossos números foram estes:
1) Produção técnica: 83 destaques.
2) Artigos: 43 destaques.
3) Produção docente (livros, capítulos e artigos): 45 destaques.
4) Egressos: 15 destaques.
5) Ciclo avaliativo: 10 destaques.
Fazendo uma conta rápida, ao todo foram indicados 196 destaques. Entretanto, não basta indicar. É preciso justificar cada escolha, utilizando o limite máximo de 4 mil caracteres com espaço. Considerando cerca de 2 mil caracteres por indicação, isso nos leva a um montante de texto bastante considerável: cerca de 400 mil caracteres ao todo!
Se nossos números falassem, talvez dissessem: "Não somos muitos, mas somos consistentes."
Fontes dos dados publicados neste texto:
- Plataforma Sucupira (CAPES).
- Blog Sarau Literário (https://teorialiterariauniandrade.blogspot.com/).
- @literatura.uniandrade (https://www.instagram.com/literatura.uniandrade).
terça-feira, 27 de maio de 2025
FALAR DE MIM SEM DIZER QUEM SOU EU
Patrícia Fiori Manfré
Crédito da Imagem: OPENAI.
Imagem gerada por inteligência artificial com base em poema autoral de Patrícia
Fiori Manfré. ChatGPT e DALL·E. 14 maio 2025.
Viver e amar
Por que, por
quem
Ser e estar
Aqui, onde, não
sei.
Saber e ensinar
O que, a quem
Ler e
interpretar,
O mundo, a
vida, alguém.
Mesmo sendo por
mim, não busco felicidade
Procuro no dia
a dia apenas simplicidade.
Vejo com os
olhos um mundo diferente
Com o coração
sinto-me quente.
Pular e brincar
Sozinha, com
você
Descer e subir
Na vida, no
amor, no ser.
Ler e aprender
Sobre mim,
sobre o mundo
Correr e sumir
Das pessoas, do
dia, de tudo.
Meu sim às
vezes é não, e meu não às vezes é sim
Pois sou um mar
de vontades sem fim.
Escalando as
paredes da minha mente, não vejo saída
Mas não para de
buscar algo da vida.
Encontrar e
achar
Motivos,
desculpas
Dar e receber
Presentes,
ausências, pelúcias.
Falar e
agradecer
Por muito, por
pouco
Crescer e
emudecer
O que há em
mim, um luto, um louco.
Ao andar por
aí, com ou sem rumo.
Eu busco e
encontro o meu prumo
De uma vida
abundante
Com crises de
lucidez constante.
------------------
Patrícia Fiori Manfré é doutoranda em Teoria Literária pela
UNIANDRADE, sob orientação da professora Verônica Daniel Kobs. Atualmente, é
professora na Rede de Ensino do Município de Curitiba.
Título já é interessante por si... "Só o título já vale o poema"... os versos reforçam o tesouro dessa bela poesia...Parabéns colega...Assim me arrisco e rabisco um pequeno ensaio "poemático"...Poematize...Poesia que renova, recriaCom rima ou sem rima"poetimazando""Poematizando"Sei lá o quêComo e quandoSó sei que nesse não saberA poesia nos faz renascerCom ou sem sentidoÉ ela capaz de nos moverÚtil, inútil,O que importa?Ciranda de palavrasEmoções, sentimentos,Palavras jogadas ao vento,Como sementes no solo fértilda imaginação, ouaté mesmo na areia desértica da solidãoSopra a brisa de uma inspiração,ou o silêncio que grita no meio da multidão...Clichê, cordel, prosa, poesiaNenhum adjetivo quiçá seja capaz de te definir...Simples, complexo como o existir!!!Poematize sempre...afinal poematizar é eternizar o momento...Claudinei Duarte de LimaMestrando
quarta-feira, 21 de maio de 2025
segunda-feira, 19 de maio de 2025
ALUNOS E PROFESSORES DA UNIANDRADE PUBLICAM TRABALHOS NOS ANAIS DA FUST UNIVERSITY
As publicações consolidam a participação do Mestrado e do Doutorado da Uniandrade no SIET-DH, promovido pela IES parceira, em dezembro de 2024.
Acesse o link para ver a publicação completa:
https://antropuseducacional.com.br/wp-content/uploads/2025/05/SIETH-2024-Completo-.pdf
Agradecemos à FUST e à Editora Antropus, por mais esse incentivo ao diálogo e à promoção do conhecimento e da pesquisa acadêmica.
terça-feira, 13 de maio de 2025
MESTRADO E DOUTORADO EM TEORIA LITERÁRIA DA UNIANDRADE
MARCAM PRESENÇA NO CINE-FÓRUM 2025
De
13 a 16 de maio será realizada a 5ª edição do Cine-Fórum, que contará com a
trabalhos desenvolvidos por alunos e professores de nossos programas. Confira,
a seguir, os temas e discussões que serão pauta, no evento desta semana:
1)
OS ZUMBIS COMO METÁFORA EM NIGHT OF MINI DEAD (LOVE, DEATH & ROBOTS,
T03E04)
Autores:
Thales Vianna Coutinho (doutorando da UNIANDRADE) e Verônica Daniel Kobs
(professora da UNIANDRADE)
RESUMO:
Atualmente, os zumbis são uma das figuras mais recorrentes na cultura popular e
frequentemente são utilizados como metáforas para questões sociais, políticas e
de saúde. Argumenta-se que a evolução do horror zumbi reflete medos coletivos,
destacando como os monstros da ficção funcionam como expressões bioculturais
das ansiedades humanas. O zumbi, nesse contexto, torna-se um espelho de nossa
fragilidade diante de ameaças biológicas e institucionais. Objetivo: Com base
nesses pressupostos, analisamos o episódio Night of Mini Dead (T03E04), da
série Love, Death & Robots à luz dessa perspectiva metafórica. O episódio
subverte a narrativa tradicional dos filmes de zumbi ao apresentar um surto
apocalíptico em um formato acelerado e satírico. A velocidade com que os zumbis
se espalham e destroem a sociedade ilustra a rapidez e imprevisibilidade de uma
pandemia. Resultado: Elementos como o caos social imediato, a destruição de
espaços públicos (incluindo escolas) e a resposta política desarticulada apontam
para uma crítica à ineficácia governamental diante de crises sanitárias. A
decisão final dos líderes mundiais de recorrer a soluções bélicas ressoa com os
desafios enfrentados durante a pandemia da covid-19. Considerações: o episódio
pode ser compreendido como uma metáfora da crise pandêmica recente, reforçando
como a irracionalidade, a falta de planejamento e a inabilidade política
agravam a propagação de ameaças globais. Ao adotar um tom cômico e acelerado, o
enredo ressalta a natureza absurda das respostas institucionais ao caos,
evidenciando a vulnerabilidade das estruturas sociais diante de eventos de
grande escala.
2)
PERSPECTIVA BÍBLICA E PRODUÇÃO DE PRESENÇA EM “ANA TERRA”, DE ERICO VERISSIMO
Autoras: Ligia Fernanda Giorgia de Oliveira Klein (mestranda da UNIANDRADE) e Greicy Pinto Bellin (professora da UNIANDRADE)
RESUMO:
A intersecção entre textos sagrados e obras literárias tem sido objeto de
crescente interesse nos estudos literários, como demonstram os trabalhos de
Northrop Frye (2004) e Robert Alter (2007). Esse diálogo abre espaço para
análises intertextuais que revelam como a literatura se apropria de elementos
bíblicos para a construção de sentido. Este resumo apresenta a pesquisa de
mestrado que investiga a relação na obra “Ana Terra”, de Erico
Verissimo, considerando as intertextualidades com o livro de Rute e “Provérbios
31”. O estudo fundamenta-se nas teorias da intertextualidade de Bakhtin (1929),
Kristeva (1979) e Barthes (1979), bem como, na produção de presença e Stimmung
propostas por Hans Ulrich Gumbrecht (2014). A trajetória de “Ana Terra”,
marcada pela luta e resiliência, ecoa a narrativa de Rute, que também
enfrenta desafios e transforma sua realidade por meio da coragem e da
determinação. Do mesmo modo, a representação feminina em “Ana Terra” se
aproxima da mulher virtuosa de “Provérbios 31”, cujas qualidades de força e
trabalho refletem a identidade da protagonista. Essas intertextualidades
contribuem para a construção da identidade cultural e simbólica da personagem,
inserindo-a em um contexto de tradição e ancestralidade. A teoria da produção de
presença de Gumbrecht permite compreender como a materialidade do texto e a
ambiência evocada na narrativa de Verissimo afetam o leitor de maneira
sensorial. Elementos como a paisagem, as descrições corpóreas e a violência
experienciada por Ana criam um impacto emocional que ultrapassa a simples
interpretação hermenêutica, favorecendo uma experiência imersiva. A atmosfera
emocional, ou Stimmung, que permeia a obra intensifica a conexão entre
texto e leitor, promovendo um envolvimento que ressoa com questões de
identidade, ancestralidade e territorialidade. Além disso, a abordagem
intertextual possibilita uma leitura que transcende os limites do texto
literário, revelando a influência da tradição bíblica na literatura brasileira
contemporânea. Ao destacar os diálogos entre “Ana Terra” e as
Escrituras, esta pesquisa amplia a compreensão da narrativa e reforça a
relevância do romance de Verissimo na construção de uma literatura que articula
memória, cultura e experiência histórica. Assim, essa pesquisa de mestrado não
apenas analisa os aspectos literários e intertextuais, mas também explora as
dimensões sensoriais da leitura, enfatizando como a literatura pode ser
vivenciada de maneira tangível e afetiva pelo leitor.
3)
COGNITIVAMENTE INADAPTÁVEL: O CASO DE “A COR QUE VEIO DO ESPAÇO” DE H. P.
LOVECRAFT
Autor:
Thales Vianna Coutinho (doutorando da UNIANDRADE)
RESUMO: The Colour
Out of Space (“A Cor que veio do Espaço”) é um conto do escritor
norte-americano H. P. Lovecraft, publicado em 1927, que encapsula a filosofia
lovecraftiana do desconhecido e do incognoscível, característica nuclear do
horror cósmico (Dzienkonski, 2023). No original, a cor é descrita como: "A
cor, que lembrava algumas das faixas do estranho espectro do meteoro, era quase
impossível de descrever; e era somente por analogia que eles a chamavam de cor".
Ao longo das décadas, foi adaptada para o cinema em diferentes ocasiões. A
saber: "Die, Monster, Die!" (1965), "The Curse"
(1987), "Colour from the Dark" (2008), "Die Farbe"
(2010) e "Color Out of Space" (2019). No entanto, todas as adaptações
cinematográficas de The Colour Out of Space apresentaram desafios em traduzir a
incompreensibilidade cósmica de Lovecraft para a linguagem visual (Basu &
Ray, 2023). O objetivo desse trabalho foi tecer uma argumentação de psicologia
teórica para explicar as dificuldades significativas e reiteradas enfrentadas
pelas tentativas de adaptar o conto de Lovecraft para o cinema. Para isso,
realizou-se uma revisão narrativa da literatura, buscando por artigos que
tratassem dos limites perceptuais e cognitivos da imaginação. É possível
conceber pontos de vista radicalmente diferentes do humano? (Elson, 2024).
Malik (2015) explorou os limites da imaginação humana e argumentou que, embora
pensemos ser capazes de imaginar o impossível, o que realmente fazemos é
reinterpretar conceitos conhecidos. Ainda, ao analisar a natureza de um
conteúdo perceptivo e das imagens mentais, verificou-se que ambos compartilham
características fundamentais (Nanay, 2015). Já McCarroll (2022) investigou as
relações entre memória e imaginação, argumentando que ambas são centrais para a
construção da realidade subjetiva. Portanto, à luz dessas evidências, é
possível argumentar que a razão pela qual as adaptações cinematográficas do
conto de Lovecraft inspiram críticas negativas é que estamos diante de uma obra
inadaptável, tendo em vista que sua descrição desafia a nossa estrutura
cognitiva capaz de imaginar visualmente algo.
4) E
O OSCAR VAI PARA... ANNE HATHAWAY: O EFEITO DA DECISÃO DO DIRETOR PELO USO DE
CLOSE-UP SOBRE O ENGAJAMENTO EMOCIONAL DIANTE DAS CENAS DE "OS
MISERÁVEIS" (2012)
Autor:
Thales Vianna Coutinho (doutorando da UNIANDRADE)
RESUMO:
A psicologia da mídia sugere que planos em close-up intensificam a empatia
dos espectadores com os personagens, ampliando a percepção de suas emoções e
estados mentais. Estudos recentes apontam que essa técnica cinematográfica
facilita a teoria da mente e aprofunda a imersão na narrativa. Este trabalho
analisa o uso dessa estratégia no filme Os Miseráveis (2012), com foco
na cena em que Anne Hathaway interpreta I Dreamed a Dream, performance
que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. A decisão do diretor Tom
Hooper de utilizar um close-up de rosto na atriz contribuiu para maximizar a
conexão emocional com o público, tornando a sequência um dos momentos mais
emblemáticos do filme. No caso de Hathaway, a escolha estética destacou cada
nuance de dor e resignação da personagem Fantine, amplificando seu apelo
dramático. No entanto, apesar de sua contribuição estética e emocional decisiva
para o sucesso da cena, em um momento histórico em que a própria literatura
científica da psicologia não demonstrava esse efeito, o Oscar de 2012 foi
injusto ao não indicar Tom Hooper na categoria de Melhor Diretor. Sua
direção refinada, antecipando os achados científicos, foi determinante para a
construção de uma das performances mais impactantes da década. Esta análise
reafirma o papel central da linguagem visual na recepção afetiva e no
reconhecimento crítico de atuações cinematográficas.