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sexta-feira, 21 de novembro de 2025

 

CAPÍTULOS DE UMA VIDA PERMEADA PELA LITERATURA

 

Angela Cristina Cavichiolo Bussmann

 

Desde a minha infância a literatura faz parte do meu cotidiano. Minha mãe era professora de uma escola pública dos Anos Iniciais e, portanto, os livros faziam parte natural do ambiente doméstico. Meu pai, embora trabalhasse no comércio, sempre foi um leitor ávido. Lia inúmeros livros por mês — e continua assim até hoje, mesmo com mais de oitenta anos. Crescer nesse contexto foi, de certa forma, crescer entre histórias, palavras e mundos imaginários. Talvez por essa influência familiar, desde muito cedo desenvolvi um gosto profundo pela leitura.

Lembro com carinho de um costume da minha infância: o “presente do mês”. A cada novo mês, havia a expectativa pelo presente que minha mãe traria — e, na maioria das vezes, por opção dela ou escolha minha, eram livros infantis. Eu os devorava em poucos dias e, enquanto o próximo não chegava, relia os anteriores com o mesmo entusiasmo da primeira vez.

Na adolescência, essa relação se ampliou. Para quem nasceu nas décadas de 1970 e 1980, os livros da Coleção Vaga-Lume marcaram época e acompanharam uma geração inteira. Lembro-me de passar tardes inteiras mergulhada em títulos como “A Ilha Perdida”. Lia um após o outro, entretida e encantada com as histórias.

Com o passar do tempo, a literatura foi assumindo novos papéis na minha vida. Na fase adulta, ela deixou de ser apenas entretenimento e tornou-se também instrumento de conhecimento, reflexão e aprendizado. Passei a ler não apenas romances, mas também biografias, ensaios e livros de não-ficção. A leitura, que começou como um gesto de curiosidade infantil, transformou-se em uma forma de compreender o mundo — e, em muitos momentos, de compreender a mim mesma.

Além disso, sempre gostei de aprender novas línguas, e a literatura também me acompanhou nesse caminho. Ler em outros idiomas me ajudou a perceber nuances culturais, formas de pensar e expressões que vão além das palavras. Em cada língua, há uma forma particular de ver o mundo e é isso que, em muitos momentos, torna a leitura uma ponte entre culturas. Às vezes, optava por versões adaptadas; outras vezes, enfrentava o texto original como um desafio prazeroso.

Com o tempo, vieram as mudanças tecnológicas e, junto delas, novas formas de ler. Ainda que o livro físico ocupe um lugar insubstituível — o cheiro das páginas, o peso nas mãos, o gesto de virar cada folha —, o formato digital, como o Kindle, também conquistou espaço. Hoje, a literatura me acompanha em diferentes suportes, adaptando-se às rotinas e aos tempos modernos, mas sem perder sua essência. 

 


Crédito da Imagem: concedida pela autora.


A literatura, acredito, é um dos maiores exercícios de empatia e imaginação que podemos experimentar. Ela nos permite viver vidas que não são as nossas, sentir dores e alegrias de personagens distantes, enxergar o mundo por outros ângulos. Como disse Jorge Luis Borges, “sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca”. E talvez haja verdade nisso: ao ler, nos aproximamos do que há de mais humano — a capacidade de sonhar, de pensar, de criar.

Estudos em diferentes áreas apontam para os inúmeros benefícios da leitura, não escreverei sobre eles, mas tenho a certeza de que ela nos ajuda a compreender as complexidades da vida, a lidar com sentimentos e a cultivar a sensibilidade. É uma prática silenciosa que molda, pouco a pouco, o modo como enxergamos o outro, a nós memos e o mundo.

Hoje, continuo lendo com a mesma frequência e entusiasmo de antes. Acompanho lançamentos, redescubro clássicos e revisito histórias que marcaram minha trajetória. Acredito que, assim como a linguagem, a literatura é viva — ela se transforma conosco, acompanha as fases da vida e nos devolve sempre algo novo. Tenho certeza de que os livros seguirão presentes em todos os meus dias. Porque ler, mais do que um hábito, é uma forma de estar no mundo.

 

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Angela Cristina Cavichiolo Bussmann: é formada em Letras – Português e Inglês. Atua como professora e coordenadora de inglês há mais de 25 anos. Fez cursos de especialização em Literatura Brasileira, Literatura Americana e Literatura Inglesa no Brasil, Inglaterra e Japão. Integra a equipe técnica de Língua Estrangeira da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba.

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

 LEITURA E ESCRITA COMO PRÁTICAS SOCIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

Rosa Maria Bariquelo


A experiência de levar para casa o livro O Monstro das Cores e realizar sua leitura junto às famílias foi extremamente enriquecedora, tanto para as crianças quanto para os adultos. A autora, Anna Llenas, aborda de forma lúdica e sensível o universo das emoções, apresentando-as como cores que o personagem principal, o Monstro das Cores, precisa organizar — um verdadeiro convite ao diálogo emocional entre crianças e suas famílias.

Dessa forma, ao compartilhar a leitura em casa, as famílias tiveram a oportunidade de explorar o universo emocional das crianças, ajudando-as a identificar, nomear e compreender sentimentos como alegria, tristeza, raiva, medo e calma. A abordagem visual do livro facilitou a compreensão de conceitos abstratos, promovendo momentos de interação afetiva e fortalecendo os vínculos familiares.

A leitura conjunta foi complementada com a proposta de registro de desenhos sobre as emoções apresentadas pelas crianças. O retorno dessa estratégia uniu arte e autoconhecimento, pois, nos momentos de conversa, foi possível observar nos relatos infantis a presença de emoções e vínculos afetivos não apenas com os colegas de sala, mas também com os familiares.

 

Crédito da Imagem: Amazon.com.br. Disponível em: <https://www.amazon.com.br/Monstro-das-Cores-Anna-Llenas/dp/8595260087> Acesso em: 23 out. 2025.

 

Uma das crianças da turma comentou que fica muito triste quando sua mãe não vai buscá-la após o término da aula: "— Eu não quero que minha vovó venha me buscar, fico muito triste; quero minha mamãe!”.

Outra criança compartilhou seu sentimento de raiva porque a mãe não a levou para passear no final de semana: "— Fiquei muito brava porque minha mãe não me levou para passear no parquinho! Eu queria brincar no escorregador, daí ela falou: 'depois'!".

Diferentes registros e relatos também foram realizados a partir da experiência de assistir ao filme Divertidamente, outra ação proposta às famílias das crianças. Com os seguintes relatos de três crianças:

Criança 01: "— A menina tem sentimentos na cabeça dela!".

Criança 02: "— Tem a Alegria, a Tristeza, a Raiva e o Medo que ficam brigando pra ela sentir!".

Criança 03: "— Mas eu gostei da Nojinho!".

Assim, as narrativas do livro O Monstro das Cores e do filme Divertidamente se complementaram na tarefa de ajudas as crianças a compreender e expressar seus sentimentos. Essas experiências tornaram, o momento de leitura ainda mais especial fortalecendo os laços entre escola e família. As crianças ao perceberem que os seus familiares dedicam tempo à leitura e ao lazer com elas, sentem-se acolhidas, valorizadas e seguras para viver suas emoções.

Quando os adultos demonstram entusiasmo pela leitura, tornam-se modelos para as crianças, despertando nelas o interesse por explorar o mundo dos livros. Essa vivência reforça os vínculos e torna o ato de ler uma experiência significativa e prazerosa para todos os envolvidos, criando oportunidades para ampliar o repertório cultural, promover a afetividade e estimular o gosto pela leitura desde a primeira infância.

 

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Rosa Maria Bariquelo: é Professora de Educação Infantil, trabalhou na Secretaria Estadual de Educação do Paraná   SEED/PR de 1994 a 2007. Desde 2008  até o presente momento é servidora da Secretaria Municipal de Ensino de Curitiba.

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

 

POEMAS DE VIAGEM

 

Camila Marchioro 



Poemas de Viagem é uma jornada poética por meio de paisagens geográficas e emocionais. Organizada em ciclos que mapeiam experiências em Budapeste, Itália, Península Ibérica e Brasil, os poemas criam um mosaico de impressões onde o presente do viajante-lírico dialoga constantemente com as camadas profundas da história, da arte e da condição humana.

O Ciclo de Budapeste abre a viagem, justapondo a beleza e o sabor das sementes de papoula com a sombra persistente de um passado de guerras, perseguições e figuras históricas imponentes. No Ciclo Itálico, Roma e Florença servem de palco para reflexões sobre a arte, a mortalidade e a própria poesia. O Ciclo Ibérico nos leva a Portugal, contemplando desde a força silenciosa da pedra na Praia da Ursa até a profunda meditação sobre o tempo e a identidade às margens do Douro. Finalmente, o Ciclo Brasileiro retorna à terra natal com uma voz mais dura e engajada. A tranquilidade bucólica dá lugar a uma denúncia contundente das feridas sociais e da exploração histórica:

 

Retrato de um mundo repetido

A criança clara caminha em seus sapatos sujos [de guerra]

dentro deles mora sua alma translúcida

os jardins florescem sem expectadores

olhos vibrantes rolam sobre uma mesa

e a pobre humana língua gemegrita

há um segredo sobre seu pescoço

Duas catedrais oscilam

cartas que se espalham sem destinatário

o vestido ficou pra sempre no armário

ao lado dos medos fracos

observamos frágeis

círculos de cadeiras agora sem pernas

e resumos de pedras:

na manhã, o nosso sangue assovia a palavra [ruína.]

 

Poemas de Viagem é um diário de viagem lírico e uma investigação das ressonâncias entre lugar e memória, beleza e dor, entre o efêmero instante da viagem e o peso da história.

 

Fonte: Imagem cedida pela autora.

 

A pré-venda já está aberta. Acesse o link abaixo e saiba mais:

https://benfeitoria.com/projeto/poemasdeviagem

 

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Camila Marchioro é uma artista da palavra que trilhou um caminho singular na arte. Atriz, bailarina e poeta, é nos versos que encontra o lugar onde todas as suas paixões se entrelaçam. Sua poesia é leve, concisa e direta, um convite a explorar a beleza e a complexidade da experiência humana através da linguagem, da cor e do movimento. Camila é também doutora em Literatura Comparada pela UFPR, redatora, professora e mãe.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

 

LITERATURA INFANTIL: UMA ALIADA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA POR MEIO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

 

          Flávia Cristine Fernandes Souto

            

A leitura é uma via de acesso ao conhecimento que subsidia a compreensão da realidade. Importante destacar que a leitura não inicia com as palavras impressas. Muito antes de aprender a ler palavras a criança lê o mundo ao seu redor, ao interpretar gestos, falas e tom de voz de seus familiares, símbolos presentes em embalagens e brinquedos, ícones em aparelhos eletrônicos, cores, formas, ilustrações e canções, entre tantos outros exemplos possíveis. Mais do que um ato mecânico, a leitura exige atenção às múltiplas linguagens que a permeia, as entrelinhas e as nuances da vida. A complexidade dessa leitura de mundo está presente também no ato de ler e compreender textos escritos.

Para desenvolver o gosto pela leitura entre as crianças, uma proposta possível é a literatura infantil. Por meio dessa leitura, em tese, a criança viaja para lugares distantes, por vezes irreais, conhece culturas diferentes e de outros tempos, se coloca no lugar dos personagens, compartilha seus sentimentos, medos, angústias e alegrias, desenvolvendo a capacidade de ver o mundo sob outras perspectivas.

Esse movimento cognitivo da criança se colocar no lugar do personagem de uma determinada história pode ser, também, explorado no trabalho com a resolução de problemas matemáticos. Nessa perspectiva, a ação da criança de colocar-se como protagonista da história, favorece o desenvolvimento de suas habilidades de compreender o problema; identificar conceitos matemáticos nele envolvido; traduzi-los para uma linguagem matemática; e elaborar estratégias resolutivas na busca de uma solução para o problema.

No ensino de matemática por meio da resolução de problemas a leitura e a matemática se entrelaçam. A habilidade de compreender um determinado problema é tão importante quanto o conhecimento de conceitos matemáticos. A falta de compreensão do texto de um problema é, não raras vezes, uma barreira que impede que a criança desenvolva resoluções plausíveis e encontre a solução esperada.

Nessa lógica, utilizar a literatura infantil como pano de fundo para problemas matemáticos é uma abordagem didática produtiva, pois apresenta a matemática em situações contextualizadas, ainda que imaginárias, de forma prática e divertida. Histórias que envolvem mistérios numéricos a serem solucionados por detetives, pirata que busca seu tesouro conforme dicas de orientação e localização, príncipe e princesa que organizam suas roupas seguindo uma sequência de cores e tamanho, personagens mirins que combinam seus lanches de diferentes formas, por exemplo, apresentam de maneira lúdica conceitos matemáticos como números e operações, orientação e localização no espaço, sequência, classificação e combinatória.  


Fontes da imagem: Agência Gov – EBC; e Cola da Web 


Ao utilizar uma literatura infantil como contexto para os problemas, o ensino de matemática afasta-se de uma abordagem abstrata, com ênfase no treino de regras, e aproxima-se de situações cotidianas, com espaço para reflexões, construção de estratégias resolutivas próprias e generalizações, tornando o aprendizado mais significativo. Ademais, estimula o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático da criança, de sua autonomia e habilidade de mobilizar conceitos matemáticos para resolver problemas.

Conectar uma boa história à resolução de problemas colabora, de forma lúdica, para o desenvolvimento de habilidades de leitura e do raciocínio lógico-matemático, pois cria um ambiente de aprendizado rico e estimulante. É uma oportunidade de mostrar que a matemática pode ser mágica, cheia de aventuras e mistérios, como qualquer conto de fadas. 


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Flávia Cristine Fernandes Souto: é mestre em Teoria e Prática de Ensino pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com foco em Educação Matemática. Professora e pedagoga na Gerência de Currículo da Rede Municipal de Ensino de Curitiba.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

MESTRADO E DOUTORADO EM TEORIA LITERÁRIA DIVULGAM CRONOGRAMA COMPLETO E CADERNO DE RESUMOS DO SEMINÁRIO DE PESQUISA


Acesse o Caderno de Resumos do evento e o encarte completo de nosso Seminário (com cronograma e links de acesso às salas virtuais).

Encarte com cronogramahttps://drive.google.com/file/d/1oX-Dc-cPedaEdaSEAW-6XuKNe4BSmCL5/view?usp=sharing


Caderno de Resumoshttps://drive.google.com/file/d/1gcySkdy-_akBY5eYL71hZfwTkhN3CnWe/view?usp=sharing 





terça-feira, 30 de setembro de 2025

 

A PRÁTICA DE LEITURA NA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O PAPEL DA LITERATURA NA AMPLIAÇÃO DO REPERTÓRIO DE MUNDO

 

Rosa Maria Bariquelo

 

As práticas de leitura na Educação Infantil, juntamente com a escolha dos livros de literatura, partem inicialmente da exploração de diversos títulos literários. Essa escolha considera o conceito de bibliodiversidade, que envolve uma variedade de títulos, editores, formatos, ilustradores, autores e idiomas disponíveis para crianças, para que elas possam compreender o mundo a partir de diferentes pontos de vista e culturas. 

Um exemplo de trabalho de mediação literária foi a exploração do livro Carona, de Guilherme Karsten, com a turma do Pré (crianças de 4 anos). Pronto para uma aventura à beira-mar, um surfista coloca sua prancha no carro e parte animado para pegar umas ondas, mas acaba encontrando um mergulhador indo carona, seguido por um herói, um jacaré e até um ladrão.

  

Crédito da Imagem: Companhia das Letras.

  

Durante a mediação, apresentei o livro desde a capa até a contracapa, destacando o autor, o ilustrador e utilizando a entonação da voz para provocar as crianças a expandirem seu vocabulário e compreenderem seus usos e possibilidades. A mediação brinca com os elementos do objeto, trazendo as ilustrações e os personagens, além das rimas, uma construção linguística interessante para que as crianças percebam as nuances da reprodução sonora. A história progressiva ajuda a entender a construção narrativa com vários personagens e o final divertido com o lobo.

As propostas de leitura na Educação Infantil também podem ser ampliadas por meio de brincadeiras musicais com textos musicais; livros de diversos gêneros, formatos e autores; brincadeiras com palavras; contação de histórias, que difere da leitura tradicional; leitura compartilhada em voz alta, que permite às crianças acompanhar o processo, ouvir e interagir; e o uso de quadrinhos, um gênero textual diferenciado.

Essas práticas podem se estender às práticas de escrita, como a escrita espontânea, o papel da professora como escriba e a criação de espaços de escrita nos cantos de atividades variadas. Assim, a mediação de leitura se configura como um instrumento essencial para despertar a curiosidade, cultiva a imaginação e fortalecer o vínculo das crianças com o mundo das palavras e das histórias.

 

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Rosa Maria Bariquelo é Professora de Educação Infantil e trabalhou na Secretaria Estadual de Educação do Paraná  – SEED/PR, de 1994 a 2007. Desde 2008  é servidora da Secretaria Municipal de Ensino de Curitiba.

 

terça-feira, 23 de setembro de 2025

 

MEU CAMINHO LITERÁRIO: DA INFÂNCIA À VIDA ADULTA

 

Maira Ferreira dos Santos Veiga Paluch


Crédito da Imagem: desenvolvida pela Perplexity AI, gerada a partir do conteúdo fornecido. 


Desde criança, a leitura sempre foi uma companheira inseparável na minha vida. Lembro-me com clareza dos livros de infância que marcaram minha história, como "Os Três Porquinhos", "A Princesa e a Ervilha", "Branca de Neve" e "Cinderela". Cada leitura era uma aventura, uma oportunidade de me imaginar dentro das cenas, vivendo as emoções e os conflitos dos personagens. Essa capacidade de me transportar para dentro das histórias se manteve ao longo dos anos, tornando a leitura uma experiência mágica e envolvente, seja ao ler um livro ou ao ouvir uma história contada. Eram mundos inteiros que se abriam para mim.

 

Durante a adolescência, minha paixão pela leitura se aprofundou e se diversificou. Passei a explorar diferentes temas, sempre buscando novidades que despertassem minha curiosidade. Fiquei fissurada por contos de terror e suspense, devorando livros desse gênero onde cada página virada era um friozinho na barriga. Depois, me apaixonei por histórias de vampiros, especialmente de autores como André Vianco. Minha paixão pelo mistério também ganhou força, e um dos meus livros favoritos foi Anjos e Demônios, de Dan Brown, que me fez adorar desvendar enigmas e tramas intrincadas. Ainda tive minhas fases de leitura romântica, que me proporcionaram momentos de delicadeza e emoções intensas.

 

Hoje, embora minha rotina seja mais corrida e eu leia menos do que gostaria, o amor pela leitura continua vivo dentro de mim. Sei que cada livro, independentemente do gênero, traz aprendizados e amplia nossos horizontes, estimulando a imaginação, a criatividade e o conhecimento. Meu desejo é retomar essa prática com mais frequência, pois acredito que a leitura é uma das melhores formas de crescimento pessoal e de conexão com o mundo. Para mim, os livros são verdadeiros tesouros que guardo com carinho e que sempre me ensinam algo novo.

 

 

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Maira Ferreira dos Santos Veiga Paluch é formada em Ciências Contábeis pela PUC-PR e trabalha há mais de 15 anos na área de RH, atuando como analista de Departamento Pessoal.