BRASA XII,
King’s College, Londres
Profa. Anna Stegh Camati
A Associação de Estudos Brasileiros (BRASA) é um grupo
interdisciplinar e internacional de pesquisadores que promove os estudos
brasileiros em âmbito global. De 20 a 23 de agosto de 2014, participei do 12º
Congresso Internacional da Associação que aconteceu no King’s Colllege em
Londres. O congresso contou com aproximadamente 200 painéis, formados por
pesquisadores de diversas áreas de conhecimento, sessões plenárias e eventos
especiais. No dia 21 de agosto, apresentei o meu trabalho, intiltulado
“Brazilian Outdoor Shakespeares: Street Theatre as Public Art” (Shakespeare ao
ar livre no Brasil: O teatro de rua como arte pública), parte de um painél
chamado “Shakespeare in Brazil: Investments in the Local and the Global”
(Shakespeare no Brasil: Investimentos locais e globais), coordenado pela Profa.
Cristiane Busato Smith (Arizona State University). A minha apresentação girou
em torno da eclosão de produções shakespearianas no teatro de rua brasileiro,
com ênfase em três coletivos de teatro, de diferentes regiões do Brasil, reconhecidos nacional e internacionalmente:
os Clowns de Shakespeare (região nordeste),
o Grupo Galpão (região sudeste) e o Grupo Ueba (região sul). Enquanto o Grupo Galpão e os Clowns de Shakespeare
promovem o abrasileiramento de Shakespeare e exploram a
interculturalidade, optando por um tipo de expressão que incorpora as
tradições populares das regiões que representam, o Grupo Ueba recorre à
dramaturgia shakespeariana para problematizar questões de classe, gênero e
sexualidade. O painél contou, ainda, com outras
apresentações de pesquisadoras brasileiras e estadunidenses, a saber: Liana de
Camargo Leão (Universidade Federal do Paraná) – “Shakespeare Brasil: New Tools
for Digital Education in Brazil” (Shakespeare Brasil: Novas ferramentas para a
educação digital no Brasil); Sheila Cavanagh (Emory University) – “Sing and
Dance it Trippingly: Othello and
Samba in a Digital World” (Cante e dance com passo leve e rápido: Otelo e samba no mundo digital); Marcia
Amaral Peixoto Martins (Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro) – “Rewritings of Shakespeare’s Plays
for Young Readers: The Manga Shakespeare Series” (Reescrituras das peças de
Shakespeare para jovens leitores: A série mangá de Shakespeare); e Cristiane
Busato Smith (Arizona State University) – “Shakespeare, Samba, Solace and
Escape: An Analysis of Otelo da Mangueira”
(Shakespeare, samba, consolo e escapismo: Uma análise de Otelo da Mangueira).
Disponível em: < http://www.brasa.org/Panel/Details/129>
BRAZILIAN OUTDOOR SHAKESPEARES: STREET
THEATRE AS PUBLIC ART
Anna Stegh
Camati
Centro
Universitário Campos de Andrade – UNIANDRADE – Curitiba PR
Regional Editor for Brazil at Global
Shakespeares (MIT)
In
her recent book Extramural Shakespeare
(2010), Denise Albanese argues that
Shakespeare’s position in American culture has changed in the years around the
turn of the millennium. He is no longer located at the top of highbrow culture,
but has become public property. Borrowing from
Michel Foucault’s essay “What is an Author?” (1969), which demystifies authorship
and establishes the concept denominated author-function, she coins an
analogous term – Shakespeare-function – to account for the multiple roles the
bard plays in our time. This change is a global tendency which also applies to Brazil.
The successful intercultural experiments by Eugenio Barba, Peter Brook and
Ariane Mnouchkine have encouraged Brazilian theatre practitioners to
desacralize or brazilianize Shakespeare, rejecting orthodox practices and
presenting his plays in the open as public art. Since the 1990s, theatre groups
from different Brazilian regions, among them Minas Gerais, Rio Grande do Sul
and Rio Grande do Norte, have tended to
renegotiate the Shakespeare-function by means of displacing his legacy from the
realm of the elite. Their main objective is to adapt Shakespeare’s
plays for popular audiences, performing them in the streets, squares, parks,
marketplaces and other venues of great public circulation, following the
contemporary trend of popularization of the bard, also accomplished by the film
industry, graphic novels, new media and other manifestations of mass culture. In
the light of contemporary theoretical perspectives, this paper proposes to
discuss the emergence of Shakespeare in Brazilian street theatre, mainly as
regards Grupo Galpão’s Romeu e Julieta (1992),
also presented at London’s Globe Theatre in 2000 and 2012, Ueba Troupe’s A megera domada (2009) and Clowns de
Shakespeare’s Sua Incelença, Ricardo III (2010).
Full videos and additional scenes of these productions are available on the Global Shakespeares (MIT) open access
archive.
KEYWORDS:
Shakespeare. Brazilian street theatre. Regional accents. Public art.
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