*Prof.ª Dr.ª Brunilda T. Reichmann
A UFPR inaugura a Divisão de Obras Raras da Biblioteca de Ciências Humanas na tarde do dia 05 de maio de 2017. Presentes à cerimônia o Magnífico Reitor da UFPR, Prof. Ricardo Marcelo Fonseca, a Vice-Reitora, Profa. Graciela Ines Bolzon de Muniz, o Coordenador do Curso de Letras, Prof. Paulo Zoethe, as bibliotecárias responsáveis, demais funcionários, professores, alunos e membros da família de Ernani Reichmann: Isolda e Brunilda Reichmann (filhas), Iros Reichmann Losso e Guenia Reichmann Lemos (neto e neta) e Dr. Igo Iwant Losso (genro).
A biblioteca de Ernani Reichmann, considerada a maior da América do Sul em obras de filósofos europeus nos anos 1980, era formada por mais de 12.000 livros, entre eles obras raras que hoje fazem parte desse acervo. Kierkegaard dos Trópicos, como era chamado por alguns amigos, Reichmann não se contentava em ter as obras completas do filósofo dinamarquês na língua original. Ele as comprou em vários idiomas. Essas são algumas das obras que constam desse acervo.
A doação dos inéditos publicados depois da morte de Ernani Reichmann por Brunilda Reichmann e Guenia Reichmann Lemos.
Isolda assinando o livro de presença.
No fundo, a placa da primeira biblioteca
formada, em 1986, com as obras de
Ernani Reichmann.
Ernani Reichmann.
A doação da biblioteca de Ernani Reichmann feita pelos familiares em 1984, ano de seu falecimento, levou à criação da Biblioteca Professor Ernani Reichmann em 1986 (restrita a pesquisadores). Hoje as obras raras dessa biblioteca fazem parte da Divisão de Obras Raras da Biblioteca de Ciências Humanas, juntamente com obras raras de outros três estudiosos que doaram seus livros para a Universidade Federal do Paraná. O acervo hoje á formado por aproximadamente 15 mil obras (livros autografados, primeiras edições de obras, entre outros itens) e passou por um processo de recuperação, higienização e catalogação.
Brunilda Reichmann, no discurso de agradecimento, falou em nome da família e descreveu como Reichmann adquiria os livros nos anos 40, 50, 60 até seu falecimento em 1984. Eles eram recebidos pelo correio (cerca de três meses depois da encomenda feita por carta) como um filho que chega à casa paterna. Reichmann andava com eles embaixo do braço por alguns dias para tentar conter a felicidade de finalmente tê-los recebido.
Ao homem inteligente, instigante e elegante, ao pai querido, ao avô inigualável, nosso carinho, sempre!
* Professora do Curso de
Mestrado em Teoria Literária da UNIANDRADE
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