RESENHANDO HANS GUMBRECHT
Verônica Daniel Kobs*
(Com a gentil colaboração de Hans Ulrich Gumbrecht**)
Nas últimas décadas, com
os adventos do computador e da Internet, a crítica artístico-literária ganhou
novo espaço. Tanto nos blogs quanto
nos vlogs, o público especializado
pode interagir, comentar e até mesmo comprar um domínio, para publicar
periodicamente textos sobre filmes, séries e livros recém-lançados. Nesse
sentido, o leitor/espectador assumiu o status
de crítico. Sem dúvida, essa mudança gerou uma crise na crítica e nos veículos
especializados. Por outro lado, isso representa uma conquista, garantindo o
acesso público e irrestrito a todos os usuários da grande rede e estabelecendo
um novo tipo de democratização, resultante não apenas da Internet, mas também do
computador e do smartphone como
hipermídias.
Diante dessa reconfiguração, lembrei as
palavras de Hans Gumbrecht, que, durante um minicurso ministrado na Uniandrade
(Curitiba-PR), no dia 20 de setembro de 2019, anunciou o fim da crítica especializada,
em um futuro próximo, pois, em geral, a crítica artístico-literária acaba por
afastar público e obra, em vez de aproximá-los (GUMBRECHT, 2019a). Como
pesquisadora da área de Letras e como autora e criadora do blog Interartes: artes & mídias, exercito
a crítica com alguma frequência, nas resenhas e nos artigos científicos que
publico. Além disso, como professora de Graduação e de Mestrado, também faço
crítica nas aulas que ministro. Portanto, nesse momento do minicurso, comecei a
pensar sobre meu desempenho, ao tentar aproximar o público e os alunos das
obras que analiso. Felizmente, creio que, pelo feedback que recebo, o diagnóstico é positivo, na maioria das
vezes. Porém, sei que às vezes caio no hermetismo, por eleger alguma
complexidade, quando privilegio datas ou características de estilo.
Então, resolvi escrever
um texto que revisitasse tanto o minicurso de Hans Gumbrecht quanto minha
atuação (como crítica e como professora). Mais do que isso: antes mesmo de
escrever, decidi enviar o texto a Hans Ulrich Gumbrecht por e-mail, para compartilhar algumas ideias
e saber a opinião dele a respeito de minha reflexão. Depois de algum tempo, enviei
esta resenha a ele, no dia 14 de outubro, e ele respondeu no mesmo dia, dizendo
que leria o texto com prazer e que me escreveria novamente, em alguns dias. A
partir disso, continuamos a trocar e-mails
até o dia 30 de outubro, quando ele me enviou um feedback bastante atento e motivador. Portanto, é com base nesse
diálogo com Hans Gumbrecht que finalizei este trabalho. Sem dúvida, os
comentários do autor serviram para completar e aprofundar algumas questões que
escolhi desenvolver aqui. Então, de certa forma, ele me motivou no início deste
processo (com a fala dele, no evento de que participei), e também no fim, já na
revisão desta resenha.
Pois bem... Meu primeiro
intento, quando decidi escrever este texto, foi voltar ao meu passado docente,
mais especificamente retomando materiais que usei quando ministrei uma oficina
sobre crítica literária. Na ocasião, utilizei um texto de Sousa Dias, que dizia
exatamente o que Gumbrecht citou, logo no início do minicurso. Segundo Dias, a
função básica da crítica é: “Criar público. Promover o
encontro possível entre a obra de arte e o(s) seu(s) público(s). Dar à obra o
público que esta, de si, solicita, mas que, sem a mediação crítica, corre o
risco de não encontrar” (DIAS, 2004). Depois de reler esse trecho, resolvi
analisar com maior rigor meus textos recentes e os que estou escrevendo agora.
De início, optei por asistir a algumas críticas publicadas nos canais do Youtube, para avaliar a linguagem e os
temas privilegiados pelos críticos não especializados (mas que podem se tornar
especialistas muito em breve, porque são, antes de tudo, fãs das obras que
comentam). Com essa tarefa que dei a mim
mesma, acho possível retomar um pouco do equilíbrio perdido, na escrita de
textos críticos. Em suma, trata-se de um exercício de alteridade e empatia.
Como resultado, a análise me fez constatar que,
atualmente, o leitor
vira crítico e às vezes até autor, estreitando os laços com o escritor da obra
original e com a obra em si. Aliás, nesse contexto, as fanfictions representam um ciclo completo, pois, reescrevendo ou
continuando um livro, um filme ou uma série, os leitores/autores também atuam
como críticos. Transitando por uma via de mão dupla, os autores de fanfiction desempenham dupla função: de
consumidores e de produtores. Esse perfil diferenciado corresponde ao que hoje
chamamos prosumer, neologismo que faz
uso dos termos producer (produtor) e consumer (consumidor). O termo em inglês
foi criado por Alvin Toffler, mas em
português já é utilizada a forma prossumidor.
Outra
interferência decisiva de Gumbrecht foi a afirmação de que os pesquisadores e
críticos não devem se restringir a aplicar
teorias (GUMBRECHT, 2019a; GUMBRECHT, 2019b). Isso também me fez retomar o que eu costumava dizer para meus
alunos de Graduação, entre 2001 e 2004, quando eu ministrava a disciplina de
Metodologia de Ensino da Literatura. Aliás, o autor comentou sobre o nome dessa
disciplina, do que tratarei mais adiante, neste texto. Por enquanto, cuidemos
da não aplicação, que eu enfatizava aos alunos (futuros professores), a partir
da leitura da “Introdução” de Italo Calvino à obra Por que ler os clássicos? Nesse texto, o autor italiano afirma que
devemos fazer críticas sem modelos, nem informações prévias:
A leitura de um clássico deve oferecer-nos alguma
surpresa em relação à imagem que dele tínhamos. Por isso, nunca será demais
recomendar a leitura direta dos textos originais, evitando o mais possível
bibliografia crítica, comentários, interpretações. A escola e a universidade
deveriam servir para fazer entender que nenhum livro que fala de outro livro
diz mais sobre o livro em questão; mas fazem de tudo para que se acredite no
contrário. Existe uma inversão de valores muito difundida segundo a qual a
introdução, o instrumental crítico, a bibliografia são usados como cortina de
fumaça para esconder aquilo que o texto tem a dizer e que só pode dizer se o
deixarmos falar sem intermediários que pretendam saber mais do que ele.
(CALVINO, 1993, p. 12)
Sem dúvida, o conselho de
Italo Calvino nos ajuda a evitar o risco da reprodução de ideias de modo (in)consciente
e sistemático, até porque essa consulta que alguns procuram fazer, antes de
produzir algo próprio, pode sinalizar insegurança e, em certo sentido, revela
aquele velho complexo de colônia, que mantém seus adeptos na zona de conforto
da reprodução (e não da criação). Podemos complementar isso, retomando a referência
que Ligia Chiappini faz a uma reflexão feita pelo professor Antonio Candido.
Ela conta que Candido, em palestra comemorativa dos 40 anos de Teoria Literária,
considerou um erro o fato de ele ter dado mais importância à Pós-Graduação do
que à Graduação (CHIAPPINI; FLEISCHMANN, 2003, p. 168), como se tivesse
negligenciado inconscientemente uma etapa importante na formação dos alunos, na
qual a crítica e a pesquisa são treinadas, para se desenvolverem depois, nos
níveis que competem à Pós-Graduação.
Depois do minicurso de
Hans Gumbrecht, por meio do material de outro curso que estou fazendo, e que
diz respeito ao ensino a distância e à formação de tutores para o Ensino
Superior, tomei conhecimento da taxonomia de Bloom, publicada em 1956. A
proposta relaciona alguns verbos às competências dos alunos, resultando em uma
escala de desenvolvimento cognitivo. Dessa forma, foram estabelecidos seis
níveis, em ordem progressiva: 1) conhecimento; 2) compreensão; 3) aplicação; 4)
análise; 5) síntese; e 6) avaliação (BLOOM, 1956). Conforme Bloom, quando
privilegiamos a aplicação ainda nos mantemos presos à base (se usarmos a
pirâmide como modo figurativo de interpretar essa escala). Portanto, aplicar significa apenas reproduzir, como uma espécie de
tentativa de comprovar a compreensão, obtida no nível 2 da cognição. É preciso ir
além e, nesse sentido, pretendo, como crítica e como pesquisadora, oscilar
entre os níveis 4 e 6, como modo de problematizar a posição superior da
síntese. Para mim, a síntese, tal como a aplicação, apenas duplica o
pensamento, sem possibilitar que o autor do resumo possa ir além do modelo dado
pelo texto original.
Motivada por esse
pensamento, em um dos meus trabalhos recentes sobre intermidialidade, tentei
combinar o nível 6 — que prefiro chamar de criação,
segundo Anderson (2001) — com o modelo de ensaio, justamente pela liberdade que
experimentamos no ato de criar e na escrita de um ensaio (Mas, afinal, o que é um ensaio? “Um ensaio é um ensaio”,
como definiu, de forma primorosa, uma ex-professora minha, respondendo à
pergunta de um aluno, durante o mestrado que fiz, na UFPR, de 1998 a 2000). De
fato, um ensaio não exige certezas, mas tentativas... Portanto, decidi propor
uma tipologia para o gênero crossover,
aproximando-o de conceitos alguns literários e usando essas influências para
fazer as distinções entre uma fase e outra. O resultado foi positivo, pois a
plateia recebeu bem minha proposta. Inclusive, dois pesquisadores da área
sugeriram que eu publique o trabalho urgentemente, para, digamos, patentear a ideia.
Voltemos, agora, ao nome
da disciplina Metodologia de Ensino da Literatura, já que Gumbrecht sugeriu uma
alteração mínima, porém decisiva. De acordo com ele, a matéria deveria se chamar
Metodologia de Ensino com Literatura
(GUMBRECHT, 2019b). Enxerguei total lucidez nessa observação, que também fez
ressoar textos, autores e eventos de diferentes épocas, na área de Letras. Há
alguns anos, a PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) vem promovendo
palestras que têm como tema A literatura
contra o ódio. Em 13 de abril de 2018, o autor convidado para falar sobre o
assunto foi o moçambicano Mia Couto. Mais recentemente, em 24 de setembro de
2019, o orador foi o italiano Nuccio Ordine. Sabemos que o realce ao aspecto
social das artes não é algo novo. Entretanto, é salutar que isso seja retomado,
de tempos em tempos, para combater algumas questões urgentes, que se refletem
no comportamento e nas relações interpessoais. Além disso, na década anterior,
a autora Nelly Novaes Coelho também deu destaque à função da literatura, ao
propor que essa arte fosse considerada um “antídoto à robotização” (COELHO,
2007): “Na ‘aldeia global’ (o mundo sem fronteiras, monitorado pela imagem,
som, velocidade, visualidade, virtualidade...), a literatura/leitura tem uma
tarefa fundamental a desempenhar...” (COELHO, 2007, grifo no original). Em
certo sentido, podemos relacionar esse raciocínio com aquilo que Gumbrecht
afirma sobre o stimmung (ainda mais
se considerarmos o sugestivo subtítulo da obra dele: “sobre um potencial oculto
da literatura”), afinal a literatura rompe as
barreiras de tempo e espaço, propiciando o que autor considera uma
complexificação da imersão e da presença. Portanto, o deslocamento simbólico do
leitor ativa a imaginação e oferece novas e diferentes perspectivas (GUMBRECHT,
2014b, p. 92-93).
Por fim, nesse caminho de
retomadas, para tentar redefinir os rumos de minha própria atividade crítica,
voltei às palavras imorredouras de Antonio Candido:
A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade
na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a
sociedade, o semelhante.
Ora, se ninguém pode passar vinte e quatro horas sem
mergulhar no universo da ficção e da poesia, a literatura concebida no sentido amplo a que me referi parece corresponder a uma necessidade
universal, que precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui um direito.
(CANDIDO, 2019, grifo nosso)
Talvez
alguns leitores possam pensar no contrassenso deste texto que escrevo, já que,
apesar de concordar com a não aplicação da teoria proposta por Gumbrecht
(2019a; 2019b), não abri mão de citar diversos textos e autores de renome, na
minha área de atuação. Entretanto, esse traço pode ser justificado de várias
formas afinal: 1) meu texto foi uma reavaliação de minha atividade como crítica
e isso me obrigou a revisitar autores e concepções que fizeram parte de minha
formação acadêmica; 2) nessa formação, os princípios tradicionais sobrevivem, hoje,
tanto no Ensino Superior quanto nos cursos de Pós-Graduação (isso significa que
o texto acadêmico não prescinde dessa alternância, entre a voz do autor do
artigo e as demais vozes, dos autores de base, que integram o chamado referencial teórico); 3) além disso, acredito
que, para criarmos algo, precisamos experimentar todos os estágios anteriores,
desde o conhecimento, passando pela aplicação, até chegarmos, enfim, à tão
almejada criação. Portanto, a partir desta resenha do minicurso ministrado por
Hans Gumbrecht, espero ter alcançado o objetivo que me motivou a escrever e a
publicar este texto: incentivar a revisão da crítica (seja ela especializada ou
não), para que possamos realçar, a um só tempo, a interação do público com as
obras analisadas e nossa inegável capacidade de ir além, como criadores de conceitos
e teorias, e não como meros repetidores.
Por fim, depois de muito
pensar, discordei de Gumbrecht em um ponto apenas: acredito que a crítica
especializada não vai morrer. Na primeira versão deste texto, afirmei que, enquanto
existirem profissionais pesquisadores, sempre haverá reflexão e produção
científica especializadas, convivendo em paz com a crítica não profissional,
afinal o contraste e a diferença são essenciais para nos lembrar do equilíbrio
necessário nessa atividade de mediação intelectual e cultural. Entretanto,
Gumbrecht, depois de ter lido minha resenha, fez um comentário sobre isso, o
qual traduzo aqui: “[...] em
geral, os humanistas não têm pensado o suficiente sobre as funções que seu
trabalho pode e deve cumprir fora das universidades. Uma mudança de atitude
parece urgente aqui” (GUMBRECHT, 2019c, tradução nossa). Sob esse ponto de
vista, concordo com o autor. Aliás, revisitei alguns textos dele sobre as
Humanidades e os profissionais dessa área, depois que percebi que esse detalhe
pontuado por Gumbrecht serviria para fechar meu texto de modo cíclico. Assim,
neste final, permito-me voltar ao começo, quando refleti sobre a produção dos
teóricos, que devem criar mais e reproduzir menos. A “mudança de atitude” a que
Gumbrecht se refere diz respeito a esse protagonismo, que deve substituir a
passividade. Com base em Humboldt,
Gumbrecht menciona que: “As pessoas, nas universidades, devem produzir novas
perguntas e mais problemas” (GUMBRECHT,
2014a, p. 123, tradução nossa). Mais adiante, no mesmo texto, o autor completa
essa ideia, ressaltando que o “pensamento de risco” (GUMBRECHT, 2014a, p.
126-127, tradução nossa) é indispensável ao profissional da área de Humanas,
pois só dessa forma podemos trabalhar “contra o esclerosamento das sociedades” (GUMBRECHT, 2014a, p. 128, tradução nossa). A partir
desses aspectos, fica claro que não é necessária apenas uma mudança de postura do
profissional de Humanas. Mais do que isso: é fundamental que o contexto
sociopolítico seja adequado, desenvolvendo-se em sintonia com essa
significativa alteração e garantindo a liberdade de pensamento e de criação.
No feedback que recebi de Hans Gumbrecht, várias coisas me chamaram a
atenção: as respostas imediatas e sempre em tom acolhedor; a abertura ao
diálogo, sempre com respeito maior às ideias do outro, e não às dele mesmo; o
apoio dele para que eu publicasse o texto; e, claro, as três observações que
ele fez sobre minha resenha. A primeira dizia respeito às Humanidades, tal como
expliquei acima. A segunda pedia mais detalhes sobre a atividade crítica dos
fãs de literatura, ao que respondi, aqui, com a inclusão de algumas linhas
sobre as fanfictions e sobre o perfil
do prossumidor. Quanto ao terceiro
item, achei que não cabia uma revisão propriamente dita, mas, sim, um registro,
para dar espaço e voz ao autor, como retribuição à gentileza e à humildade que
ele dedicou a mim e ao meu trabalho, em nossa breve correspondência. Em um diálogo normal, já é comum entendermos as
informações de um modo diferente, o qual, às vezes, não corresponde à intenção
do autor. Porém, neste texto, a conversa não se fez ao vivo, pois trabalhei com
as ideias de Gumbrecht a posteriori,
com base na presença que a lembrança
das palavras do autor me propiciava. Apenas no fim do processo eu compartilhei
meu texto com ele. Por isso, achei importante transcrever a ressalva feita por
Gumbrecht à questão da aplicação. Relendo esta resenha, percebi que a única
relativização que fiz a esse tema apareceu neste trecho: “[...] os pesquisadores e críticos não devem se restringir a aplicar teorias”. Como leitor do relato
de suas próprias palavras, Gumbrecht fez um comentário que resolvi transcrever
aqui, como continuidade da reflexão: “[...], pareço ser mais cético do que você em relação à
utilidade das teorias de ‘aplicação’ na crítica literária. Pelo contrário,
acredito que elas têm seu próprio direito — muitas vezes levando a questões filosóficas
interessantes” (GUMBRECHT, 2019c, grifo no original, tradução nossa). Dessa
forma, Gumbrecht afirma a viabilidade e a importância de utilizarmos algumas
aplicações, simultaneamente à criação de conceitos. Entretanto, para nossa
cultura, tão afeita a reproduções e empréstimos, penso que é fundamental
insistirmos na superação, que só é possível a partir de uma postura
permanentemente questionadora e criativa, mas resultante de duas etapas
primordias: a contemplação e a crítica.
REFERÊNCIAS
ANDERSON, L. W. et al. A taxonomy for learning, teaching and
assessing: a revision of Bloom’s Taxonomy of Educational Objectives. Nova
York: Addison Wesley Longman, 2001.
BLOOM, B. S. et al. Taxonomy of
educational objectives. Vol. 1. New York:
David Mckay, 1956.
CALVINO,
I. Por que ler os clássicos? São
Paulo: Companhia das Letras, 1993.
CANDIDO,
A. Direitos humanos e literatura.
Disponível em:
<https://bibliaspa.org/wp-content/uploads/2014/09/direitos-humanos-e-literatura-por-antonio-candido.pdf>.
Acesso em: 9 out. 2019.
CHIAPPINI,
L.; FLEISCHMANN, U. Entrevista com Alfredo Bosi. Iberoamericana, v. III, n. 10, 2003, p. 155-170.
COELHO, N. N. Literatura: um olhar aberto para o
mundo. Disponível em: <http://www.collconsultoria.com/artigo7.htm>.
Acesso em: 2 jun. 2007.
DIAS, S. Crítica e arte: a função da crítica. Disponível
em: <www.ciberkiosk.pt/ARTES/sousadias.htm>.
Acesso em: 5 out. 2004.
GUMBRECHT, H. U. Leitores não-profissionais de literatura e seus
desafios. Minicurso ministrado no XI Seminário de Pesquisa do Mestrado em
Teoria Literária da Uniandrade, Curitiba, 20 set. 2019a.
_____.
[Sem título]. Reunião do Grupo de Pesquisa em Teoria Literária e Crítica
Cultural (do
Mestrado em Teoria Literária da
Uniandrade) com Hans Ulrich Gumbrecht, Curitiba, 20 set. 2019b.
_____. [Sem título]. Comunicação via e-mail entre Hans Ulrich Gumbrecht e Verônica Daniel Kobs, no
período de 14 a 30 out. 2019c.
_____.
¿Una universidad futura sin Humanidades? [Versión en castellano de Aldo Mazzucchelli.
El discurso original integra la conferencia dictada en el Keio Research Center
for the Liberal Arts, Japón, 2007.] Inmediaciones
de la comunicación, v. 9, n. 9, Montevideo, 2014a, p. 117-141.
_____.
Atmosfera, ambiência, stimmung: sobre um potencial oculto da literatura. Rio de
Janeiro: Contraponto; PUC-Rio, 2014b.
--------------------------------------
* Verônica Daniel Kobs: Professora do
Mestrado em Teoria Literária da UNIANDRADE. Professora do Curso de Graduação de
Letras da FAE. Autora do blog Interartes (https://danielkobsveronica.wixsite.com/interartes).
Pós-Doutorado na área de Literatura e Intermidialidade realizado na UFPR, em
2018. E-mail: veronica.kobs@fae.edu
**
Hans Ulrich Gumbrecht: Escritor e
crítico alemão. Professor de Literatura Comparada da Stanford
University, em Palo Alto, Califórnia (EUA). Autor de obras traduzidas para mais
de vinte idiomas. Doutor honoris causa em dez universidades, de diferentes países. No
Brasil, algumas de suas publicações mais recentes são: Produção de presença: o que o sentido não
consegue transmitir (2010), Graciosidade
e estagnação: ensaios escolhidos (2012), Atmosfera, ambiência, stimmung: sobre um potencial oculto da literatura
(2014) e Nosso amplo presente: o tempo e
a cultura contemporânea (2015).
Professora Verônica. Gostei muito de seu texto. Também estive na palestra do professor Gumbrecht, o que álias, na época causou-me algum alívio, poi muito do que ele falou, eu havia me questionado anteriormente. Bom ler a sua resenha,exclareceu muito dúvidas que eu tinha, sobretudo, no que concerne às teorias literárias "“[...] os pesquisadores e críticos não devem se restringir a aplicar teorias.” Antes,devem transmitir a quem os ouve o livre pensamento e a busca de conhecimentos junto à autores da área, para que possam chegar às suas próprias conclusões. Grata por nos oferecer, tão gentilmente, esse texto elucidador.
ResponderExcluirMuito bom..
ResponderExcluirValeu